quarta-feira, 30 de setembro de 2020

MEUS POEMAS

  A vida é cheia de desafios, e participar do 22º Prêmio SESI Arte Criatividade foi mais um desafio que venci, as vezes as pessoas escrevem mais ficam intimidadas em publicar ou mostrar para alguém. Acredito que sempre vale a pena, derrubar as muralhas é assim, vamos vencendo uma a uma, muitas vezes não percebemos o quanto vencemos, por isso a importância de registrar fatos de nossas vidas.

Assim compartilho meus poemas com vocês!




Mãos De Mulher

 

                                 Fátima de Carvalho

 

Mãos macias, mãos grossas

Mãos brancas, mãos negras

Mãos pequenas, mãos grandes

Mãos que afagam e socorrem,

Mãos que ajudam, amparam

Mãos que lavam, que colhem

 

Mãos sofridas, cansadas

Mãos trêmulas, doídas

Mãos que picam a carne

Gotas de sangue que brotam

Furadas pelas agulhas

Quando bordam

Queimadas pelo fogo das panelas

 

Mãos que não cansam,

Firmes, decididas,

Mesmo com as lágrimas

Rolando pelo rosto,

Pega no colo o filho morto

Mãos de mulher dedicada,

Que se estendem para serem

Abençoadas por Deus.



    Saudade 

 

                                          Fátima de Carvalho

A saudade é uma dor,

que vai e que vem,

não tem dia, nem hora,

pode estar frio ou calor,

ela não pede licença para entrar,

nem despede para sair,

basta uma música tocar,

ou mesmo num falar,

para a mente lembrar,

e o coração disparar e sentir.

 

 A saudade te faz lembrar,

mesmo acordado sonhar

com um momento de amor

que por muito tempo sonhou

ou que desejou, mas que mesmo

antes de começar tudo acabou.

  

A saudade quando vem

bate fundo no peito fazendo

um corte longo e profundo

gotas de sangue não saem

mas sim gotas de dor

dos olhos cansados, sofridos

de esperar pelo amor.

 





Carregadeira

                         Fátima de Carvalho

Sou carregadeira do amor!

Carrego um filho no colo, carrego outro no ventre, quando me curvo para pegar água na Fonte da Carioca sinto o pulsar do coração em meu ventre como se soubesse que foi ali que foi concebido em uma linda noite de luar, noite de amor, noite de liberdade!

Sou carregadeira do amor!

Carrego segredos das minhas sinhás, também meus sinhôs, não vi, não ouvi nada sei ou será que sei?

Sou carregadeira do amor!

Em cada pote d'água que carrego levo o discreto olhar pelas ruas silenciosas de Vila Boa, dos becos onde vejo e não vejo nada que vi.

 Sou carregadeira  do amor!



Vem!!!                     

                                                  Fátima de Carvalho 05/07/2015

E assim mais um dia se foi!

Mais uma noite chegou.....

Mais um domingo acabou....

Acabou a luz dos olhos que fitavam o céu,

Nas noites enluaradas,

Como se da lua fosse surgir a resposta,

Abrindo uma estrada e por ela surgisse o grande amor.

Que foi e nunca voltou.....

A esperança também acabou.....

de dançar, de correr, rir, brincar.

Os dias passam, mais noites vem,

Mais dias vem e vão.....

Vem e vão......

Vem e vão......

Vem!!!




Náuseas 

                          Fátima de Carvalho 2016 

 

Um corpo jogado na cama 

Tenta pensar, precisa seguir 

Consciência, sim! muita... 

Certeza que precisa reagir. 

 

Iniciam as dores, aonde dói?  

Não dói! Mais dói! 

Dói muito!  

Contorce o ventre, dores, diarreias, mais náuseas! 

São dores cortantes, como o frio do inverno em pele seca, 

Não dói só na carne, é dor na alma também! 

 

Dor com náuseas!  

Dor que dói o ventre, contorce! 

A boca seca, esta calor? 

Mais náuseas....  

Ahhh! É o inverno.... 

O corpo treme, é o inverno? 

Agora que o verão chegou! 

 

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